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Reabertura do Cinema São Luiz incrementa economia do Recife

  • Foto do escritor: Luís Ernesto
    Luís Ernesto
  • 12 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 13 de nov. de 2024

Ingressos para primeiro dia de exibição foram esgotados em aproximadamente um minuto



O Cinema São Luiz teve a sua tão aguardada reabertura na última sexta-feira (01). O espaço ficou pouco mais de dois anos de portas fechadas e deixou milhares de recifenses na expectativa de vê-lo funcionando de novo. A volta do funcionamento afeta a mídia, os veículos de notícia, a cultura e a economia. Afinal, muitas pessoas podem voltar a frequentar o centro do Recife.

Inaugurado no dia 6 de setembro de 1952, o Cinema São Luiz atravessou o século sendo um dos grandes símbolos da cultura pernambucana. No entanto, ficou fechado ao público devido aos problemas em sua estrutura causados pela chuva. Através da Lei Paulo Gustavo, o cinema recebeu quase R$ 2 milhões para reforma. No dia 1º de novembro, o São Luiz abriu as portas ao público novamente com o Festival Janela Internacional.



Enquanto ponto de visitação cultural, o Cinema São Luiz pode ser um grande atrativo para o turismo, como destaca o professor universitário e economista Sandro Prado. Os ingressos não têm um valor tão elevado (R$ 10 a inteira e R$ 5 a meia), tornando-o mais acessível para a população. Mesmo assim, Sandro ressalta também que as salas de cinema diminuíram muito e o cinema de rua perdeu espaço para os de shoppings centers.


O centro do Recife era conhecido pelo turismo e pelo grande comércio, no entanto, muito disso foi sendo perdido com o tempo. Em 2020, o blog “OxeRecife” publicou que 36 lojas fecharam no centro da cidade. De acordo Geraldo Augusto, estudante de direito e flanelinha há 25 anos, o Recife passou por uma diminuição muito brusca, no que se diz respeito à circulação de pessoas, o que impactou negativamente economia cultural.


No filme “Retratos Fantasmas”, do cineasta e jornalista Kleber Mendonça, os espectadores podem visitar o passado e lembrar de um Recife mais sentimental na própria relação com a cidade, onde era possível andar pelo centro de forma mais segura, onde pessoas circulavam pela Rua da Imperatriz e conseguiam ver uma coisa que não se vê em muita quantidade hoje: lojas abertas.


De acordo com o projecionista Miguel Tavares, que trabalha há 29 anos com cinema, o São Luiz é democrático e nele muitas histórias e filmes já foram exibidos. O esperado é que com o seu retorno, a cultura, o comércio e as pessoas voltem a circular. “O meu desejo é que isso aqui não volte a fechar novamente, porque quem perde com isso aqui fechado é o público e os funcionários.”


O Cinema São Luiz representa um retrato de um passado, um retrato fantasma. A sua volta pode mobilizar pessoas, elevar a economia e trazer muito de um colorido que só se vê em época de carnaval. A expectativa é que as pessoas possam visitá-lo e vivenciar a cultura do cinema de rua, movimentando novamente o centro do Recife

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