Programação cultural variada movimenta a cidade e gera debate
- Sérgio Caneca
- 13 de abr.
- 2 min de leitura
Recife apresenta diversas opções, mas ainda há obstáculos no acesso aos eventos

O centro do Recife pulsa cultura em teatros, cinemas, museus e outros espaços que contam parte da história da cidade. Ainda assim, enquanto muitos recifenses reconhecem o valor desses lugares e celebram a diversidade da programação cultural, outros apontam desafios como o acesso limitado, a falta de segurança em algumas áreas e o baixo investimento em produções locais de menor visibilidade. Entre elogios e críticas, o debate sobre cultura no Recife segue vivo.

Eduarda Silva, estudante, relata que costuma frequentar o centro da cidade de duas a três vezes por mês. Ela comenta o que mais a chama atenção: “O que mais me atrai nesses espaços é que eu consigo me conectar com a cultura e com a história também. Cultura é história.” Além disso, Eduarda observa que, com o passar do tempo, a oferta foi modificando: “Eu acho que a programação cultural do centro está mais diversificada. É uma coisa que eu gosto bastante de ver, porque antigamente era bastante repetitiva.”
No entanto, nem todos compartilham da mesma visão. A jornalista e professora da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Adriana Dória, destaca que nem sempre há essa diversidade de espaços culturais no centro da cidade: “Ainda são poucos espaços e o acesso nem sempre é tão facilitado. Você pensa no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam), por exemplo, que fica na Rua da Aurora. É um museu que, hoje, está em uma área da cidade que se encontra abandonada, onde as pessoas se sentem inseguras para estar.”
Adriana também reforça um dos principais impedimentos para a realização de eventos culturais: “A gente tem pouco financiamento para eventos que não dão tanta visibilidade, como esses grandes shows, esses mega eventos que acontecem nas festividades, principalmente no Carnaval. Todos os eventos hoje são monetizados, ou seja, precisam de patrocinador”.
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