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Mulheres vão às ruas contra a violência e o fascismo

  • Foto do escritor: Bianca Santos
    Bianca Santos
  • 12 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

Plenária realizada na Uespe busca fortalecer o movimento, com o objetivo de vigorar o sistema socialista


Foto: Acervo do Movimento de Mulheres Olga Benario/Reprodução

Na manhã do último sábado (02), a União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (Uespe) sediou uma Plenária de Mulheres, organizada pelo Movimento de Mulheres Olga Benário e pela Rede de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres Soledad Barrett. Com temas como violência de gênero e fascismo, o encontro teve como objetivo fortalecer o movimento feminista e mobilizar novas propostas de combate à opressão das mulheres e à exploração de trabalhadoras e trabalhadores.


Foto: Acervo do Movimento de Mulheres Olga Benario/Reprodução

Fundado em 2011, o Movimento Olga Benário se dedica a unir mulheres trabalhadoras, jovens, mães, negras, lésbicas, bissexuais e trans, com uma visão de que o capitalismo intensifica as desigualdades e sustentam as opressões de gênero e classe. Com presença em 18 estados, incluindo Pernambuco, o movimento defende um sistema socialista como alternativa para combater as injustiças sociais. “Nossa luta é para que mais mulheres e trabalhadores compreendam que só um sistema socialista pode pôr fim à opressão. As plenárias são nossa forma de renovar o diálogo e levar nossa mensagem cada vez mais longe”, explica Evelyn Dionízio, da Coordenação Estadual do movimento.


A organização anteriormente contava com a ocupação Soledad Barrett, um espaço de acolhimento no bairro da Encruzilhada voltado a mulheres em situação de vulnerabilidade, mas a ocupação foi desfeita pela Prefeitura do Recife, o que gerou descontentamento no grupo. “Há mais prédios vazios que gente na rua, e mesmo assim faltam abrigos para mulheres em risco. Os centros de referência que temos hoje não atendem a todos. Só vamos transformar essa realidade ao acolher e organizar essas mulheres”, reforça Evelyn.


Além de abrigo, o espaço oferecia atividades como aulas de capoeira, yoga, artesanato e rodas de discussão política. “Não se tratava apenas de acolher, mas de dar perspectiva e fortalecer as mulheres para além da violência. Quando fomos despejadas, a prefeitura apenas ofereceu um ônibus para levar as mulheres de volta às casas dos agressores,” explica Vitória Ohara, coordenadora nacional do Movimento de Mulheres Olga Benário. Ela acrescenta que o grupo continua oferecendo apoio e ajuda emergencial, mas que a falta de um espaço fixo dificulta a continuidade do trabalho. “Nossa rede se mantém, e quando há casos, tentamos dar apoio, mas seria muito melhor contar com um espaço seguro.”


Helena Silva, que conheceu o movimento por indicação e estava em busca de engajamento, conta que o atrativo do grupo foi a abordagem de ir além dos sintomas e buscar a raiz dos problemas. “Eu queria um espaço de luta que abordasse o que realmente causa a violência contra a mulher. Aqui, encontrei essa luta, que enfrenta a fundo os problemas e busca mudança real,” afirma Helena.

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