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Concorrência entre MEIs na Boa Vista impacta negócios locais

  • Foto do escritor: Lucas Valle & Vitor Alves
    Lucas Valle & Vitor Alves
  • 17 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Aumento do número de microempreendedores na última década apresenta reflexos e intensifica o desafio dos pequenos estabelecimentos na Boa Vista


Foto: Vitor Alves/Entrepontes

Os Microempreendedores Individuais (MEIs) em Pernambuco estão aumentando exponencialmente ao longo de uma década, segundo dados da divulgados pela Receita Federal na última semana. De acordo com o órgão, o número passou de 156.629 para 489.818 entre 2014 e 2024. O desemprego foi um dos fatores que acelerou o crescimento desses comerciantes no estado, que cresceu mais de 4% em 10 anos, segundo pesquisa apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


O enorme aumento do número de MEIs se reflete no bairro da Boa Vista, especialmente na Rua do Lazer, perto da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). No local, os microempreendedores montam seus comércios com produtos diversificados, sejam feitos manualmente ou itens que foram comprados para a revenda em suas barracas.


Edileuza Guilherme é MEI há 15 anos e lembra que, apesar de seu negócio dar um bom retorno financeiro, a concorrência de outras barraquinhas atrapalha o fluxo de seu comércio: “Às vezes afeta. O concorrente que vende produtos parecidos atrapalha e, na verdade, a gente tem concorrente em todo canto. Até uma pessoa que tem um produto totalmente diferente afeta. Todo mundo é concorrente de todo mundo independente do lugar”.


Foto: Vitor Alves/Entrepontes

A grande quantidade microempreendedores concentrados em um só lugar está afetando negativamente o poder de venda desses estabelecimentos, gerando perda de clientes, que muitas vezes preferem comprar uma loja de médio ou grande porte, além do mercado ter apresentado baixa de preço. As compras de mercadoria que são necessárias diminuíram de ritmo, pois os comerciantes ficam apertados financeiramente para fazer ou reabastecer produtos.


Graziela Costa trabalhava como vendedora na área de saúde e é MEI há quatro meses. Ela comenta sobre como é definida a precificação em seu comércio de bijuterias: “Existe uma tabela de valores como referência. Já que eu trabalhei na área anteriormente, sei a margem de preço. Além dos custos do Sebrae, eu vou fazendo a planilha referente aos meus gastos para chegar ao valor final e colocar os produtos à venda”.

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